Cada vez mais, acredito que “felicidade é a capacidade de estar satisfeito e contente quando tudo em volta não está nem aí para a tua felicidade”.
Isto talvez explica porque somos impactados pela radiante alegria de algumas pessoas em países a beira da miséria e o alto número de suicídios que lemos em jornais de países muito abastados. O fato é que o mundo parece precisar de pessoas infelizes, pois normalmente são elas que dedicam significativo percentual do seu tempo trabalhando com algo que não gostam e por causas que não concordam, muitas vezes para consumir na perspectiva do desejo e não da necessidade. A indústria de carros, de livros de auto-ajuda, de revistas sobre beleza, de empréstimos de dinheiro e muitas outras não seriam tão fortes se não fossemos tão infelizes.
É fácil falar viajando pelo mundo, né? Quanto a mim, neste exato momento me sinto feliz sim, porém mexa na minha família, no meu bolso, na minha comida ou mesmo na minha internet que é muito provável ocorrer uma brusca queda no meu “índice de felicidade”. Não que vou me tornar repentinamente infeliz por isto, porém preciso desenvolver mais minha capacidade de não permitir que alterações nestas áreas mexam comigo.
Temos descoberto que esta felicidade não é um simples status mas uma busca, e não uma busca daquelas que se faz com as mãos, pés, e olhos, também não é feita com dinheiro ou acúmulo de recursos e muito menos com voto de pobreza. Não creio que seja também algo que se encontre só por frequentar uma igreja ou fazer boas ações. Acredito que é muito mais do que isto, porém até agora tenho somente uma pista: Quando recebo algo com o sentimento de que não merecia (o que tem acontecido muito em nossa viagem) sinto uma satisfação muito grande, e quando acho que merecia ou tinha o direito sobre algo que não recebo me sinto frustrado, às vezes indignado. Levando em consideração somente fatos isolados, talvez não mexa muito com o sentimento de satisfação. Porém, partir diariamente do princípio que vim do pó e partirei para o pó, faz com que cada nascer do sol ou cada minuto com minha esposa e tantas outras coisas boas que recebo sejam considerados presentes diários…
Porém isto é só uma pista, talvez eu leve anos para aprender a viver em um estado de felicidade, talvez eu nunca aprenda.
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Algumas perguntas que me fazem refletir. Se tiver alguma sugestão de resposta, eu aceito!
Por que a satisfação da realização de um desejo dura tão pouco tempo?
Por que a grama do vizinho muitas vezes é mais verde do que a minha? E por que isto me incomoda?
Por que consigo me comover facilmente com a tristeza de amigos e às vezes tenho dificuldade em celebrar a sua alegria?
Oi!
Foi legal ler hoje o artigo de vcs sobre “a busca da felicidade”, porque pela manhã, eu estava pensando sobre a gratidão, em específico, que não temos nada e que tudo é presente de Deus, mas muitas vezes tenho medo de perder aquilo que sou grata, logo (erroneamente)parece que é melhor não ter uma atitude de gratidão, contentamento, pois isto logo parece que tenho algo e que posso perder…ahhh que maluquice isso!
Então amei o texto e acho que o negócio é isto mesmo, sempre lembrarmos que somos pó e pra lá vamos, complemento com a minha pergunta do dia: como posso não ser levar um estilo de vida de contentamento e gratidão, por medo de perder algo que não pode ser perdido, pois foi de graça?!
Abração!!
Olá Ra e Ro!! Estou encantada com a iniciativa de vocês!! Com a experiência de vida que decidiram viver. Cheguei a pouco de uma consulta com a Dr. Zaira. Foi ela quem me proporcionou este feliz encontro com vocês. Vou acompanhá-los!! Sobre a questão do desejo, Lacan diz: “O desejo é sempre o desejo de um outro desejo”. Abraço: Vívian.
Tenho lido alguns livros de Augusto Cury e, depois de ter lido “Filhos brilhantes,alunos fascinantes”,comecei a entender um pouco dessa insatisfação e angústia que norteia essa nova geração e ,de certa forma,atinge tb as pessoas menos jovens como eu. Ele fala do S.P.A. (síndrome do pensamento acelerado). O excesso de informações via computador e a televisão tem causado um cansaço mental que gera essa insatisfação e ansiedade. Eu creio que já existe naturalmente no homem uma tendência à insatisfação ao projetar um interesse maior pelas coisas do que pelas pessoas, pela aparência do que pela simplicidade da vida. “Adorar a Deus, amar as pessoas e gostar das coisas” tem sido uma frase que repito constantemente para as meninas aqui, porém Deus tem me dado lições fortes sobre o valor da vida. Às vezes, me frustro ao me pegar vendo a grama do outro, mas geralmente acontece qdo me sinto culpada por não poder dar algo que minhas filhas tanto querem; mas Deus tem me mostrado o valor de amar as pessoas, de olhar para elas enxergando-as, de chorar e sorrir com elas. Deus tem me feito ver como aquilo que vivemos aqui é passsageiro, a batalha espiritual está na nossa frente agora e o que temos de fazer é amar o ser humano ao ponto de levar a salvação para sua alma. Viver a vida com os dois mandamentos principais faz a gente ver que muita coisa é supérflua,ridícula e efêmera. Mas não pense que é fácil. É uma luta contra muitas coisas que estão escondidas na tecnologia,modernidade, moda,etc. Por isso que essa viagem de vcs é sensacional e aproveitem vivam cada instante, olhem as oportunidades de espalhar o amor de Deus e voltem para nós pq juntos somos melhores, amém. Bjs, fui !!!
Cara… este é um assunto complexo né… nao tenho sugestoes para as suas perguntas… mas achei mto legal a frase em negrito. É bem verdade!
Que o Senhor nos ajude!!
Abração, saudades!
muito interessante a lição 6.
BAAA,estamos COM SAUDADES!!!
VAO COM DEUS!