Solidão

Texto extraído do BLOG Café Brasil de Luciano Pires: http://www.podcastcafebrasil.com.br/podcasts/346-a-solidao-do-chorao

Quem eu vi falar mais legal desse tema, solidão, foi um psicanalista inglês já morto: Donald Winnicott. Ele descreveu o crescimento emocional como o desenvolvimento paulatino da nossa capacidade de estar só.

Quanto mais amadurecemos emocionalmente, menos dependemos dos outros para nos sentirmos queridos e seguros, e mais apreciamos a saudável convivência com nós mesmos.

Para que isso seja possível, contudo, precisamos de alguém muito especial na fase da vida em que estamos mais dependentes e vulneráveis, alguém que nos permita estar no nosso próprio mundo em sua presença. Durante a tenra infância, algum adulto querido deve estar suficientemente presente para nos dar segurança e suficientemente ausente para não ser invasivo, que é o que nos permite cultivar o senso de individualidade, independência e confiança em si mesmo e no mundo.

O protótipo disso é a mãe ou o pai que apenas está junto, sem interferir nem se ausentar, enquanto o filho ou a filha brincam despreocupadamente. A criança sabe que o adulto protetor está lá, e só isso é muito bom. Para não nos sentirmos solitários ao longo da vida crescida, é necessário que interiorizemos este adulto protetor e não invasivo – precisamos aprender a carregar dentro de nós este senso de presença confiável porém discreta.

Texto extraído do BLOG Café Brasil de Luciano Pires: http://www.podcastcafebrasil.com.br/podcasts/346-a-solidao-do-chorao

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